segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Ferramenta do Facebook induz internauta ao erro, com pergunta sobre gênero

Na base da "brincadeira" a Ideologia de Gênero vai acostumando a sociedade com suas propostas de novas definições corporais e relacionais. Antes, fez outras perguntas. Uma delas, como estaria a aparência da pessoa na velhice. Todas, porém, com o intuito de estimular a curiosidade do internauta e prender sua atenção. Um preparo de terreno para trabalhar pedagogicamente, de maneira subliminar, aquilo que realmente interessa a essa agenda de revolução cultural que é a criação de um consenso discursivo e a popularização do conceito de gênero. E tantos têm sido aqueles que se deixam iludir!



Gênero e Sexo não são palavras sinônimas. Elas pertencem a categorias distintas. E uma categoria exclui a outra. Ambas, definem o ser humano de maneira diferente. O sexo é fixo e se divide em masculino e feminino. Ele diz respeito à realidade OBJETIVA (biológica, anatômica, hormonal, psíquica, cromossômica) do corpo humano. O gênero, ao contrário do sexo, é não fixo e multiforme. A lista de possibilidades performáticas passa de 100. Ele é, portanto, variável e fluído, diz respeito à realidade SUBJETIVA (imaginativa) que seria abastecida (influenciada) por condicionantes processuais históricos, culturais e sociais.
Apresento informações básicas e simples acerca da ideologia de gênero aqui neste link: ( Texto breve e simples sobre ideologia de gênero )
O que muitos tomam como brincadeira bem humorada do facebook, na verdade é uma bem montada estratégia pedagógica e uma engenharia discursiva a serviço de um macro projeto existente para estabelecer um novo consenso social acerca de como os seres humanos devem ser definidos: pelas categorias de gênero ou de sexo.
A linguagem e o discurso são ferramentas privilegiadas para se operar na mente a desconstrução da heteronaturalidade (ou seja, a naturalidade da diferença sexual de homem e mulher, o macho e a fêmea.). Ao gerar na mente do interlocutor a dúvida e a possibilidade (com aparente brincadeira) de se transitar no gênero, a proposta cumpre o seu objetivo de caminhar para o consenso social.
Cooperam para esse projeto globalista parte da indústria cinematográfica, publicitária, cultural, televisiva, entretenimento, universidades (mesmo universidades cristãs católicas, evangélicas e ortodoxas, contraditoriamente, cooperam), os governos e especialmente a ONU, através da UNESCO e do Banco Mundial. Com isto, avança para os currículos escolares de crianças e adolescentes (vide BNCC e resoluções do CNE/MEC), o judiciário e associações de classe (vide MP, TJ, OAB, conselhos de psicologia...)
A massiva adesão de cristãos à "brincadeira" do facebook revelam pelo menos três situações: a PRIMEIRA, é que a novilíngua criada pelo construto ideológico de gênero é eficiente para contaminar a comunicação e mudar conceitos. A SEGUNDA, a intencionalmente enganosa colonização ideológica e semântica do gênero, pega as pessoas desprevenidas tanto de discernimento quanto de clareza teórica acerca dessa atual disputa acadêmica e política pela definição do ser humano, sobretudo as cristãs. A TERCEIRA, que é urgente o desafio para as igrejas (católicas, ortodoxas e evangélicas) se despertarem e estudarem com profundidade o tema a fim de prepararem os fieis para a proteção própria, dos seus filhos e das suas famílias.
A força da ideologia de gênero (que os próprios insistem em chamar de teorias e até estudos científicos, embora sejam pseudocientíficos) certamente avançará com a força de uma avalanche sobre a sociedade. No entanto, espera-se que um povo nessa Terra seja colocado numa redoma especial de proteção e salvo dessa influência: a Igreja do Senhor.
O Papa Bento XVI, enxergou a ameaça da Ideologia de Gênero para o cristianismo (porque o alvo dela é justamente o cristianismo) dedicou boa parte dos esforços do seu pontificado em combatê-la. Disse ele: "De acordo com a ideia bíblica da criação, a essência da criatura humana é a de ter sido criada homem e mulher. Esta dualidade é um aspecto essencial do que é o ser humano, como definido por Deus. Esta dualidade, entendida como algo previamente dado, é o que está a ser agora colocado em causa."
Em outra ocasião, ele afirmou que a Ideologia de Gênero é uma luta direta ou uma rebelião contra o próprio Deus. Isto porque ela ataca frontalmente: PRIMEIRO, o homem (coroa da criação de Deus, criado a sua imagem e semelhança) quando dilui sua identidade. SEGUNDO, a família (primeira instituição criada pelo próprio Deus ao unir um homem com uma mulher) quando desnaturaliza sua existência, abrindo a possibilidade para outras e infinitas formas de ajuntamento. TERCEIRO, a Igreja (o corpo de Cristo), como alvo final, porque com identidades fluídas e a não existência da família natural não haverá Igreja.
No mesmo tom sobre o Gênero, o Papa Francisco, recentemente, disse: "É terrível!!! (...) E uma delas – digo-a claramente por ‘nome e apelido’ – é o gênero! Hoje, às crianças – às crianças! –, nas escolas, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo”
Os católicos, especialmente através dos seus intelectuais conservadores estão bem adiantados no estudo e nas estratégias de defesa para essa ideologia. Os evangélicos, infelizmente, especialmente os seus intelectuais e lideranças, com raras exceções, ainda não se despertaram suficientemente para o problema.
Especialmente as lideranças evangélicas (com raras exceções) não vislumbraram na Ideologia de Gênero uma ameaça para a integridade da sociedade e da própria Igreja e FECHAM AS PORTAS para esse tipo de estudo e ensinamento. Com essa atitude, essas lideranças contribuem para a vulnerabilidade dos fieis para os avanços dessa ideologia.
Muito infelizmente!!
O principal motivo para a boa adesão de cristãos ao discurso do Gênero e à resistência de lideranças em esclarecer o povo é o sucesso do silenciamento imposto pelo Politicamente Correto. Ao dizer, falsamente, que o Gênero liberta e protege mulheres, gays e lésbicas, por exemplo. Isto porque, para o Gênero, as identidades são moldáveis, transitórias e fluídas.
Então, que fique claro: posicionar-se contra a categoria de Gênero é lutar contra um modelo ideológico e político de intenções revolucionárias e civilizatórias. E não é, de maneira alguma, uma cruzada contra pessoas comuns que usufruem da sua liberdade sexual e de ajuntamento social.
Orley José da Silva, é professor em Goiânia, mestre em letras e linguística (UFG) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás).

Links relacionados:

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