domingo, 15 de maio de 2016

O mundo físico e espiritual dos orixás: uma literatura do MEC para alunos da escola pública




O livro paradidático "Orixás: do orum ao ayê", da editora Marco Zero, do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE/2013) do Ministério da Educação (MEC) compõe bibliotecas de escolas públicas de todo o país. 

Este é um material literário que serve para aprofundar o estudo de aspectos doutrinários da religiosidade afro-brasileira de maneira a complementar o livro didático. 

A obra apresenta uma visão da religiosidade afro-brasileira para a criação do mundo físico (Ayê) e a morada dos deuses (Orum). O relato guarda muita similaridade com a narrativa bíblica da criação. 

Esta estratégia de aproximar as duas narrativas sobre a criação pode ser eficiente para fazer com que pessoas de formação cristã, principalmente crianças e adolescentes, assimilem com mais facilidade os elementos de religiões o Candomblé e a Umbanda. 

O livro foi distribuído às bibliotecas de escolas públicas escorado no pretexto de estudar a cultura afro brasileira, em cumprimento a Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil. 

Discute-se nos meios acadêmicos sobre o papel da religião no ensino da cultura, sem que fira os princípios do estado laico.

Em vista do exposto, defensores da educação laica questionam a clara intenção proselitista de obras literárias como esta. 

Orley José da Silva, mestre em letras e linguística (UFG) e mestrando em estudos teológicos (SPRBC)

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12 comentários:

  1. Moro em uma cidade no interior de Goiás e esses dias encontrei esse livro escondido no meio das coisas do meu sobrinho que disse que uma professora indiciou para ele ler, dei uma olhada no livro e ele conta uma história que distorce totalmente a Bíblia, conversamos com ele e pedimos para devolver. Sorrateiramente o inimigo tem tentado entrar em nossas casas e distorcer tudo o que temos ensinado para nossas crianças. Precisamos abrir nossos olhos e tomar uma atitude antes que seja tarde!!!

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  2. Tive a oportunidade de conhecer este livro há dois anos.Ele é maravilhoso!Sou professor de História e ele ajudou na concepção dos alunos em entender a representação religiosa de uma cultura diferente da cristã.Defendo este livro.Ele não é coisa do Inimigo,não distorce a Bíblia, como foi dito em outro comentário,mas apresenta a crença das religiões africanas, e isto é importante no aprendizado da formação étnica do Brasil.

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    1. Bom senso na Internet... já estava na hora... parabéns, professor!!

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  3. Mas, que importancia tem uma seita irrelevante na formação da civilização ocidental? Isto é simplesmente irrelevante. Acho que religiosidade. valores morais e sexualidade devem ser apresentados e reforçados pelos pais e avós. Fora da família é colonização ou doutrinação ou engenharia social, enfim lixo por desviar os jovens da busca da VERDADE

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  4. Muito bom o livro. Obrigado pela dica, vou passar para meus alunos.

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    1. Ensino da religião é papel da família,não de professores na escola.

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  5. Olá Prof. Orley!

    Gostaria de agradecer pela disponibilização do material!
    Utilizei nas minhas aulas de História da Áfríca, conteúdo obrigatório desde 2003.
    Meus alunos adoraram e o material suscitou uma boa discussão sobre a essências dos mitos criacionistas em diferentes culturas.
    Abraços!

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  6. Adversidade espiritual é beneficio para um mundo em que as diferenças não existam mais o amor vença independente da religição

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  7. Acho muito bom esta diversidade de credo e religião no brasil,
    torço para a intransigência perca e o amor vença
    Abraços

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